Dia das mães

O dia das mães desse ano foi especial, foi o primeiro ano que eu parei e pensei "poxa, ano que vem posso estar ganhando presente tbm!"! Pode ser que ainda não, mas pode ser que sim...

É incrível curtir as inúmeras possibilidades da vida!

O que me marcou muito esse ano foi perceber o importante papel da culinária na minha família. E acredito eu que em todas as famílias...

No almoço na casa da minha sogra (que é uma mãezinha extra que ganhei de brinde por bom comportamento.. rs) tivemos arroz de mãe, filé com molho de mãe, salada de batata que é receita de família, e chá "de mate" no ponto.

Meu cunhado bateu ele mesmo a maionese pela primeira vez, sob supervisão da mãe e do meu marido. Demos altas gargalhadas vendo o bagunceiro batendo a maionese, fazendo manha pra aprender. Depois as piadas com a mãe, a tiração de sarro constante e as implicancias deliciosas de que são tão normais entre pessoas que se sentem bem umas com as outras.

E cada um fez uma coisa para ajudar no almoço... Cada um a seu modo colaborou para que o dia fosse perfeito.

No preparo tivemos risadas, desabafos, bagunça, conselhos, trocas de anseios e expectativas, sonhamos juntos com possíveis netinhos e quilos extras do futuro, tiramos muito sarro sobre os partos que minha sogra tem feito e choramos de rir com piadinhas sobre "bolsa rota" e pelinhos de algodão no umbigo.

Fim de tarde, passamos para o outro lado da cidade. Casa dos meus pais.

A porta da casa antiga (primeira casa modelo do bairro da city lapa! A 50 anos atrás) lotada de carros variados, do portão ja ouvíamos a barulhada das crianças.

Meia hora ate conseguir dar beijo em todos. É costume os homens tbm se beijarem no rosto, hábito fraterno que herdamos do lado árabe...

As primeiras 2 horas passamos ao lado da churrasqueira, brigando pelos quibes recheados da Vó Rita, ou dona Margô para a seleta classe chamada "netos".

Trocamos experiências sobre negócios e dicas de trabalho, notícia das famílias e piadas internas enquanto salvávamos alguns pestes da lança do portão, levávamos boladas nas costas, éramos escalados como montanhas pelos sobrinhos e ganhávamos beijos da caçulinha mais gostosa do momento....

Eu não consigo não sorrir internamente ao ver os filhos do meu irmão com os filhos do meu primo. Tão parecidos e tão amigos... Os 3 com o mesmo sobrenome, com o mesmo topete, com o mesmo temperamento bagunceiro, com a mesma alegria pela vida...

Adoro quando as mães deles os chamam pelo nome completo para dar uma bronca mais dura, é música para meus ouvidos cancerianos tantos pequenos bagunceiros carregando com o mesmo orgulho o sobrenome Ruman..

Segundo round - fondue.

1 hora preparando fondue de queijo e chocolate. Apenas os irmãos e cunhados na cozinha.

Quando dei por mim eu era o maestro deles, vc faz isso, vc faz aquilo, mexe assim, tempera com aquilo, leva ao fogo, vai queimar cuidado!, vai desandar menos creme!, isso é jeito de cortar o pão?

1 hora de movimento frenético, trabalho desordenado, bagunçado, pontuado de risadas e mais e mais gozações. Tirar sarro um do outro é quase uma regra de boa convivência.

E no fim, a mesa lotadaaaa de comida boa, todos em volta da mesa famintos e felizes! Vamos comer?

"Não tia Paula... dança comigo um pouquinho?"

E enquanto todos atacavam o fondue eu passei ainda uns 15 minutos dançando salsa com minha afilhadinha linda de 3 anos. Enquanto os outros se contorciam de rir de nós 2 e se cansavam de tanto comer.

Em volta das panelas segredos, olhares, carinhos, sorrisos, piadas, risadas, críticas, confusão...

Pronto... Estamos todos encharcados de amor suficientes pra passar o resto do ano bem feliz!

Obrigada mamães Ruman, Pereira e Flório, por essa família ENOOOORMEEEE!!