segunda-feira, 25 de julho de 2011

Por que não dancei

http://porquenaodancei.blogspot.com/



Em 2008  trabalhava com alfabetização de jovens e adultos, minha sala era no porão de uma igreja de um bairro super carente. E eu e meus alunos tínhamos um caso de amor, serio! Era uma cumplicidade incrível, pessoas de 18 a 70 anos super humildes e queridas ao extremo.

Uma noite durante a aula meu pai me ligou, pedindo para que eu parasse um pouco e fizesse uma prece por uma prima de sei lá, terceiro grau, que havia sofrido um acidente serio e estava em coma e com um risco real de perder a vida. Minha avó tinha ligado pra ele contando e todos na família estavam em oração.

Contei para meus alunos da situação e todos os 20 alunos pararam a aula e em silencio cada um fez uma prece para ela, pedindo a Deus que ela se recuperasse e que tivesse forças para passar por tudo aquilo. E o resto dos meses daquele ano, eles sempre me perguntavam da Marcela, diziam que ela estava sempre nas orações deles.

Ela sobreviveu, com algumas sequelas bem serias, mas sobreviveu. Eu sai daquele emprego, segui minha vida, passei por momentos pessoais intensos e fui esquecendo da prima distante. Vez ou outra recebíamos alguma notícia esparsa e imaginávamos que "estava tudo correndo bem".

Eis que esses dias vejo pelo facebook um primo divulgando um blog e veja só, é o blog da Marcela!
Graças a internet finalmente pude acompanhar o dia a dia real de uma sobrevivente. De uma guerreira mesmo!

É diferente você ouvir uma notícia ou outra, estando longe ouvir um simples "ela esta bem, se recuperando" já  basta. Mas quando estamos próximos acompanhando a luta real e diária vemos o quanto o processo é mais longo e penoso do que nossa ingenuidade queria acreditar.

A reabilitação é possível, mas o processo é  árduo e o pior, caro. Então meus lindos, ajudem a divulgar. Quem tiver condição dê um apoio financeiro, quem não puder indique para os amigos. E não deixem de acompanhar essa saga, a Marcela tem muito a nos ensinar sobre força de vontade, otimismo e resiliência.

Conto com vocês!


E Marcela, espero que logo possamos dançar juntas numa baladinha por ai! E finalmente nos conhecermos pessoalmente né? Olha que vergonha.. rs

:***

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